sábado, 31 de julho de 2010

Paper do grupo será apresentada em Caxias do Sul

A primeira ação de maior visibilidade de nosso grupo de pesquisa terá lugar dia 6 de setembro, em Caxias do Sul, quanto apresentaremos o paper "Jornalismo diversional e jornalismo interpretativo: diferenças que estabelecem diferenças" no Intercom.

Partimos do pressuposto, no paper, que, em um determinado cenário, de profunda imersão tecnológica, gêneros jornalísticos que pareciam relegados a um segundo plano de importância - caso do interpretativo e do diversional - emergem como forma, entre outros, de emprestar mais identidade e credibilidades aos jornais, revistas etc.

Há de se observar que, em comum, tanto diversional quanto interpretativo se valem da literatura para estabelecer seus discursos.

A mesa que participaremos na Intercom, que se realiza das 14 às 18 horas do dia 6 de setembro, terá como tema "Do jornalismo diversional ao jornalismo humanizado: múltiplas perspectivas", e a coordenação é de José Marques de Melo.

Confira aqui a programação completa.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Relatório de encontro (8)

Data: 09/07
Horário: 9h
Local: sala de estudos do Mestrado em Letras
Presentes: Demétrio, Fabiana, Vanessa, Pedro e Joel

O ponto de partida da discussão foi a obra A Estética, de Denis Huisme, sobretudo alguns capítulos desta, que tratam da arte enquanto conceito formal e da arte sob olhares de diversos campos do conhecimento, como o sociológico e o psicanalítico.
Quanto à definição de arte, Huisme propõe que a essência de uma manifestação estética está na sua oposição à realidade - quanto mais distante do real é uma obra, mais artística ela é. Sob outro viés, entende que uma obra ganha o status de artística na medida em que seduz o seu receptor, causando-lhe uma sensação positiva, um prazer. Assim, ao contrário do que é vulgarmente repetido, não é a qualidade que acusa a arte em uma obra, e sim sua capacidade de envolver o receptor.
Todas essas ideias provocam interrogações quando nos debruçamos sobre a motivação de nossa pesquisa, qual seja, estudar as intersecções entre jornalismo e literatura. Se literatura é arte, e arte é fuga do real, essa aproximação torna-se complexa, visto que o objeto do jornalismo invariavelmente remete à realidade. Ainda, se a arte encontra seu propósito em si mesma, sem intencionalidades, mais uma vez esse diálogo com o jornalismo se complexifica, já que este existe por uma função eminente, a de informar.
Por outro lado, verifica-se um número cada vez maior de exemplos de produtos jornalísticos que se apropriam de elementos estéticos, buscando uma identidade diferenciada em relação ao jornalismo praticado secular e cotidianamente, e buscando acima de tudo provocar determinadas sensações em seu receptor - tal qual faz a arte.
Numa tentativa inicial de esquematizar um processo que culmine na intersecção propriamente dita do jornalismo com a literatura, o grupo identificou os seguintes pontos-chave: tradição e critérios, aprendizado com as linguagens, deslocamento de atenção para outros recursos, agente gerador epistemológico, agente gerador epistemológico social.

- À bolsista foi delegada a tarefa de elaborar a primeira versão de um paper que descreva os passos trilhados até o momento pelo grupo.

- Ao grupo foram sugeridas as leituras de O que pesquisar quer dizer, de Juremir Machado da Silva, e Dicionário de Teoria da Narrativa, de Carlos Reis e Ana Cristina Lopes. As leituras devem pautar a discussão do próximo encontro.

- O próximo encontro ficou marcado para 23/07, sexta-feira, às 14h, na sala de estudos do Mestrado em Letras.