Data: 04/05/2012
Local: Sala do Mestrado em Letras da Unisc
Hora: 14h
Presentes: Professores Dr. Demétrio Soster, Ms. Jair Giacomini; Mestrandos Erion Lara, Cátia Kist, Daia Balardin e Ane Aguiar; Bolsistas Andréia Bueno e Joel Haas
No primeiro momento do encontro 3 de 2012, o professor Dr. Demétrio fez um relato sobre o 14 Encontro Nacional de Professores de Jornalismo (ENPJ), que ocorreu na Universidade Federal de Uberlândia, e onde o Dr. Demétrio assumiu a Direotria Cientifica no Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ).
Posterior a este momento de partilha, iniciaram-se as discussões sobre narrador, tarefa dada no último encontro do grupo a todos os participantes com o principal objetivo de de retomar alguns conceitos e discutir os pontos centrais.
O Ms. Jair Giacomini, trouxe matéria escrita por Bráulio Tavares, publicada na revista Língua, a qual coloca que utilização
mais comum na narrativa é da primeira e terceira pessoa singular, mas alguns
autores fogem do monótono. O texto ainda exemplifica autores e formas de narrar. Questão de
posicionamento.
A bolsista Andréia trouxe o texto de Walter Benjamim onde o autor coloca que a narrativa perpassa essas caracterizações, colocadas no texto de Tavares. Para Benjamim basta ter uma
historia a ser contada a alguém.
O Dr. Demétrio trouxe o texto de Carlos Reis (narrador e narratario,
sujeito que difere do ponto de vista funcional, narrador não é autor/narrador é
ferramenta) e Motta, faz tentativa de trazer conceito para comunicação.
Narrador é a figura que da forma
ao dizer.
Com base nos autores trazidos, narrador é parte de uma
estrutura, tem função no texto, cumpre papel especifico e da vida ao enredo.
Motta, estudioso de jornalismo, jornalista é narrado que
utiliza matrizes pré-existentes, busca na realidade se realizando o substrato
para sua criação.
Exemplos, campanhas nextel, que segue uma linha, usa
personalidade falando em primeira pessoa, como classificar este narrador?
Primeiro passo, entender que aquilo ali não é a personalidade em si, aquele
sujeito se transforma um personagem naquele contexto narrativo. Propagandas
testemunhais.
Demestrio sugeriu olharmos dicionário de teoria na
narrativa, carlos reis.
A literatura no compito final quer entretenimento.
Comunicação tem propósito de informar, tem intencionalidade.
Daiana trouxe ainda o narrador inserido no contexto das grandes reportagens, no
caso TV, e assim discutiu-se que o cinegrafista mostra a historia pelo ponto de vista dele, ou seja, se identifica uma forma de narração, onde ele próprio se torna um narrador.
Ainda neste encontro alguns conceitos foram muito bem explicados:
AUTOR quer dizer algo a alguém (narratário) = usa NARRADOR= para falar então com o
NARRATÁRIO= e assim chega-se ao LEITOR (sujeito final).
O Dr. Demétrio encerrou as discussões sobre o narrador trazendo ao grupo uma citação de Pedro Demo: "evitem o maximo a
totalização quando se trata de ciência".
Na segunda parte do encontro, o bolsista Joel Haas apresentou as principais ideias do texto de Aristóteles, Poética, e iniciou dizendo que o texto foge da questão científica e coloca
uma analise do que o autor entende pela produção literária. Poética, inicia abordando a
poesia e imitação pelos meios, modo e objeto de identificação. No primeiro capitulo ainda traz a questão da arte, o autor foge da
poética em si, e vai para artes que se propõe a imitação.
Aristóteles: “não se chama de poeta alguém se propõe assunto
de medicina ou física”. Ele se propõe a distinguir comédia da tragédia; comédia é a tragédia
tratada de forma exagerada.
A tendência para imitação é instintiva no homem, desde sua
infância.
A aquisição do conhecimento rebata não somente o filósofo
mas todos os seres humanos.
Aristóteles, faz uma breve classificação da literatura e
introduz os gêneros. Ao longo do texto vai classificando o que ele entende por
literatura. Ao final, aborda mais sobre a questão do conhecimento científicos.
Aristóteles é o primeiro a falar sobre narrativa, antes dele
ninguém havia pensado sistematicamente o que se queria com textos. Fundador da
teoria da narrativa.
O Dr. Demétrio chamou atenção para alguns pontos específicos: com
Aristóteles nasce o conceito de mímese, onde a arte imita a vida. Outro ponto
importantíssimo trazido pelo o autor é tentar entender os gêneros, ele oferece
primeira caracterização histórica para poder se entender os textos. Aristóteles também traz em seu texto uma discussão sobre o personagem. E por fim revela um conceito, para Demétrio "caro": a
verossimilhança, que pode ser pensado enquanto a coerência do personagem.
TAREFAS PARA O PRÓXIMO ENCONTRO (18.05, às 14h na Unisc, sala a ser definida)
Ler "A NATUREZA DA NARRATIVA", Robert Scholes e Robert a Daia, capítulo 4 e 5.
(o texto está no xerox do bloco 53)
Cada integrante do grupo deve trazer um conceito sobre PERSONAGEM.