sexta-feira, 11 de maio de 2012

Encontro 3/2012


Data: 04/05/2012
Local: Sala do Mestrado em Letras da Unisc
Hora: 14h
Presentes: Professores Dr. Demétrio Soster, Ms. Jair Giacomini; Mestrandos Erion Lara, Cátia Kist, Daia Balardin e Ane Aguiar; Bolsistas Andréia Bueno e Joel Haas



No primeiro momento do encontro 3 de 2012, o professor Dr. Demétrio fez um relato sobre o 14 Encontro Nacional de Professores de Jornalismo (ENPJ), que ocorreu na Universidade Federal de Uberlândia, e onde o Dr. Demétrio assumiu a Direotria Cientifica no Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ).
Posterior a este momento de partilha, iniciaram-se as discussões sobre narrador, tarefa dada no último encontro do grupo a todos os participantes com o principal objetivo de de retomar alguns conceitos e discutir os pontos centrais.

O Ms. Jair Giacomini, trouxe matéria escrita por Bráulio Tavares, publicada na revista Língua, a qual coloca que utilização mais comum na narrativa é da primeira e terceira pessoa singular, mas alguns autores fogem do monótono. O texto ainda exemplifica autores  e formas de narrar. Questão de posicionamento.

A bolsista Andréia trouxe o texto de Walter Benjamim onde o autor coloca que a narrativa perpassa essas caracterizações, colocadas no texto de Tavares. Para Benjamim basta ter uma historia a ser contada a alguém.

O Dr. Demétrio trouxe o texto de Carlos Reis (narrador e narratario, sujeito que difere do ponto de vista funcional, narrador não é autor/narrador é ferramenta) e Motta, faz tentativa de trazer conceito para comunicação. Narrador é  a figura que da forma ao dizer.

Com base nos autores trazidos, narrador é parte de uma estrutura, tem função no texto, cumpre papel especifico e da vida ao enredo.

Motta, estudioso de jornalismo, jornalista é narrado que utiliza matrizes pré-existentes, busca na realidade se realizando o substrato para sua criação.

Exemplos, campanhas nextel, que segue uma linha, usa personalidade falando em primeira pessoa, como classificar este narrador? Primeiro passo, entender que aquilo ali não é a personalidade em si, aquele sujeito se transforma um personagem naquele contexto narrativo. Propagandas testemunhais.

Demestrio sugeriu olharmos dicionário de teoria na narrativa, carlos reis.
A literatura no compito final quer entretenimento. Comunicação tem propósito de informar, tem intencionalidade.

Daiana trouxe ainda o narrador inserido no contexto das grandes reportagens, no caso TV, e assim discutiu-se que o cinegrafista mostra a historia pelo ponto de vista dele, ou seja, se identifica uma forma de narração, onde ele próprio se torna um narrador.

Ainda neste encontro alguns conceitos foram muito bem explicados: 
AUTOR quer dizer algo a alguém (narratário) =  usa NARRADOR= para falar então com o NARRATÁRIO= e assim chega-se ao LEITOR (sujeito final).

O Dr. Demétrio encerrou as discussões sobre o narrador trazendo ao grupo uma citação de Pedro Demo: "evitem o maximo a totalização quando se trata de ciência".

Na segunda parte do encontro, o bolsista Joel Haas apresentou as principais ideias do texto de Aristóteles, Poética, e iniciou dizendo que o texto foge da questão científica e coloca uma analise do que o autor entende pela produção literária. Poética, inicia abordando a poesia e imitação pelos meios, modo e objeto de identificação. No primeiro capitulo ainda traz a questão da arte, o autor foge da poética em si, e vai para artes que se propõe a imitação.

Aristóteles: “não se chama de poeta alguém se propõe assunto de medicina ou física”. Ele se propõe a distinguir comédia da tragédia; comédia é a tragédia tratada de forma exagerada.
 A tendência para imitação é instintiva no homem, desde sua infância.
A aquisição do conhecimento rebata não somente o filósofo mas todos os seres humanos.

Aristóteles, faz uma breve classificação da literatura e introduz os gêneros. Ao longo do texto vai classificando o que ele entende por literatura. Ao final, aborda mais sobre a questão do conhecimento científicos.

Aristóteles é o primeiro a falar sobre narrativa, antes dele ninguém havia pensado sistematicamente o que se queria com textos. Fundador da teoria da narrativa.

O Dr. Demétrio chamou atenção para alguns pontos específicos: com Aristóteles nasce o conceito de mímese, onde a arte imita a vida. Outro ponto importantíssimo trazido pelo o autor é tentar entender os gêneros, ele oferece primeira caracterização histórica para poder se entender os textos. Aristóteles também traz em seu texto uma discussão sobre o personagem. E por fim revela um conceito, para Demétrio "caro": a verossimilhança, que pode ser pensado enquanto a coerência do personagem.


TAREFAS PARA O PRÓXIMO ENCONTRO (18.05, às 14h na Unisc, sala a ser definida)

Ler "A NATUREZA DA NARRATIVA", Robert Scholes e Robert  a Daia, capítulo 4 e 5.
(o texto está no xerox do bloco 53)

Cada integrante do grupo deve trazer um conceito sobre PERSONAGEM.

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