sábado, 12 de junho de 2010

leituras

E aí povo, como vão as leituras?
O texto do Coli, eu penso que é bastante interessante, por ser didático para gente no que toca à questão da arte.
Objetivo. direto. simples. Tipo texto jornalístico (rs,rs).
O do Freud, ao reler, me foi ainda mais intenso e bom, em que pese o fato de ter pensado que vocês, talvez, tenham achado ele muito distante do nosso propósito que é discutir os limites da arte e dos produtos culturais.
A questão dele, na verdade, parece anterior a isso, na medida em que para falar de arte, Freud vai tratar da angústia inata da condição humana. Ao se descobrir só neste mundo, a melancolia do indivíduo só pode ser gerenciada por satisfações substitutivas, como ele mesmo diz, entre as quais se inclui a arte.
O do Benjamin é bom porque trata do que estava acontecendo naquele momento - primeira metade do século XX - a partir da possibilidade técnica de reprodução das obras de arte ao infinito. A nova condição estaria retirando da arte sua aura na medida em que a dessacralizaria.
Agora, é importante perceber que Benjamin, ao mesmo que tempo que faz a crítica aos efeitos que a técnica está provocando na produção estética, antecipa o que Arlindo Machado trata com mais densidade no conceito artemedia, ao dizer que as novas condições técnicas podem sim produzir uma rediscussão sobre o próprio conceito de arte. O que é arte pode mudar no tempo e no contexto.
Assim, acho que teremos uma boa discussão no próximo encontro quando chamaremos esses autores para o diálogo na questão arte X indústria cultural. Não acham???

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